segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Entenda mais sobre o Linfoma não Hodgkin

Fonte: Centro de Combate ao Câncer


Reynaldo Gianecchini, que está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo,  recebeu diagnóstico inicial de linfoma, um câncer que atinge os gânglios linfáticos.  O ator tem um linfoma do tipo não-Hodgkin. Saiba mais sobre este câncer, que vêm afetando cada vez mais pessoas nos últimos anos:



Qual é a função do sistema linfático?

O sistema linfático consiste em pequenos vasos que percorrem todas as partes do corpo carregando a linfa, um líquido claro que contém os linfócitos (células brancas do sangue), responsáveis por combater infecções e doenças. A linfa é coletada nos linfonodos. Como os linfonodos e os vasos linfáticos são encontrados em praticamente todas as partes do corpo, o linfoma pode começar e acometer quase todos os lugares do organismo. 



O que é Linfoma não Hodgkin?

Linfoma não Hodgkin é uma neoplasia do sistema linfático na qual as células linfáticas começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e formando tumores. Pode ser indolente (de crescimento lento), agressivo (de crescimento rápido) ou possuir características de ambos os tipos. O linfoma de células B é o tipo mais comum e o linfoma de células T o menos comum. Devido à existência de vários tipos e subtipos de linfoma, é muito importante saber o diagnóstico correto para se instituir o tratamento mais adequado.


Incidência

A incidência do Linfoma não Hodgkin aumenta progressivamente com a idade. Em torno de 4 casos/100 mil indivíduos ocorrem na faixa dos 20 anos. A taxa de incidência aumenta até dez vezes, passando para 40 casos/100 mil indivíduos aos 60 anos, e mais de vinte vezes, chegando a 80 casos/100 mil indivíduos após os 75 anos.

Fatores de Risco

Pessoas infectadas pelo vírus HIV, Epstein-Barr, HTLV1 e pela bactéria Helicobacter  Pylori (que causa úlceras gástricas) apresentam maior risco de desenvolver linfoma. A exposição a componentes químicos  de herbicidas e pesticidas também está associada à sua ocorrência, assim como exposição à radiação. 

Sintomas

Os sintomas mais comuns do linfoma não Hodgkin são o aumento do tamanho dos linfonodos do corpo, sobretudo em locais como axilas, pescoço e região inguinal. E, ainda, a presença de sudorese excessiva à noite, febre, perda de peso súbita e prurido (coceira na pele).

O que significa estadiamento?

O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se está localizado e também se houve disseminação para outros locais. Além disso, informa se outros órgãos do corpo foram afetados. Existem quatro estágios para o linfoma não Hodgkin. A escala denominada Índice Prognóstico Internacional (IPI) é utilizada para prever seu prognóstico e selecionar o tratamento mais adequado.

Tratamento

O tratamento depende do tipo de linfoma, do estágio e do estado de saúde geral da pessoa. Em pacientes idosos, com linfoma indolente e sem qualquer sintoma, pode ser indicado um seguimento rigoroso sem que seja iniciado tratamento imediato, salvo em progressão da doença e início de sintomas. 
A quimioterapia é, na maioria das vezes, o tratamento primário. Em pacientes em estágio inicial ou que apresentam linfonodos muito aumentados, a radioterapia pode ser empregada durante ou após a quimioterapia. Um anticorpo monoclonal (Rituximab) é empregado no tratamento de muitos linfomas não Hodgkin de células B e, em conjunto com a quimioterapia, representa um dos grandes avanços do tratamento. Em alguns pacientes, utiliza-se a quimioterapia em altas doses, com resgate de células-tronco, também chamado de Transplante Autólogo de Medula Óssea. 
Os efeitos colaterais do tratamento podem ser prevenidos ou controlados com o auxílio do oncologista e da equipe médica.

Estatísticas 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano são estimados o aparecimento de 9,1 mil novos casos de pessoas com a doença, afetando 4,2 mil mulheres e 4,9 mil homens. No ano de 2008, o Instituto computou 3.568 mortes de pacientes com a doença. Além disso, o Instituto percebeu um aumento de 3% ao ano de casos de linfoma no Brasil, acompanhando o crescimento no resto do mundo.