terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bactéria do intestino dá ordens ao cérebro e influencia comportamento

Fonte: Veja

Micro-organismos utilizam o sistema nervoso para enviar mensagens que alteram a ansiedade e o nível de stress em camundongos


A Lactobacillus rhmnosus manda ordens ao cérebro para mudar o comportamento do hospedeiro (Visuals Unlimited/Corbis/Latinstock)

Bactérias do intestino não servem apenas para ajudar na digestão. Cientistas descobriram que alguns micro-organismos também enviam mensagens ao cérebro, influenciando o comportamento do hospedeiro. Os resultados foram publicados no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Pesquisadores da Universidade de McMaster, no Canadá, alimentaram dois grupos de camundongos com dois tipos de sopa: uma rica em bactérias do intestino chamadasLactobacillus rhamnosus e outra sem o micro-organismo. Os animais que foram alimentados com a primeira sopa tiveram comportamento menos ansioso em relação aos camundongos que tomaram a sopa sem as bactérias.
A equipe de pesquisadores descobriu que os responsáveis pela mudança de comportamento dos micro-organismos eram as bactérias: elas enviavam "ordens" por meio de um nervo chamado pneumogástrico, que conecta o cérebro a vários órgãos internos, como os pulmões e o estômago.
A mudança de comportamento foi acompanhada pela alteração nos níveis de hormônios de stress e de receptorescerebrais do mensageiro químico GABA. Modificações nos níveis desse mensageiro químico influenciam o comportamento dos animais. Camundongos que tomaram a sopa rica em bactérias do intestino tinham níveis maiores do receptor no cérebro do que aqueles que tomaram a sopa sem o micro-organismo.
Os cientistas explicam que os camundongos normalmente ficam próximos às paredes quando são colocados em um labirinto. Contudo, aqueles que consumiram a sopa rica em bactérias passavam mais tempo em locais abertos. Segundo os autores, a reação dos animais sugere que eles estariam menos ansiosos do que o normal.
Além disso, os especialistas realizaram um teste de stress forçando os animais a nadar em um tanque d'água. Como já havia acontecido nos outros testes, os camundongos estressados que ingeriram a Lactobacillus rhamnosus apresentaram níveis menores de hormônios de stress.
Quando os cientistas cortaram o nervo pneumogástrico, usado para enviar as mensagens ao cérebro, o grupo de camundongos que comeu a sopa rica em bactérias passou a se comportar normalmente. Ou seja, ficaram tão estressados e ansiosos quanto os camundongos do segundo grupo.
De acordo com os especialistas, isso sugere que o nervo pneumogástrico é uma das principais vias de comunicação entre as bactérias e o cérebro, embora seja possível que as ordens também sejam enviadas por outras vias, como o sangue e outros nervos.
Os cientistas ainda não sabem que tipo de mensagens as bactérias enviam ao cérebro e se um suplemento de Lactobacillus rhmnosus seria capaz de regular o comportamento das pessoas. Também não têm conhecimento de que vantagens as bactérias teriam ao estimular esse comportamento. Os resultados não significam, pelo menos por enquanto, que as bactérias produzam as mesmas alterações em seres humanos. Essas possibilidades serão exploradas em estudos futuros.

GLOSSÁRIO

Receptores químicos -— São proteínas que permitem a interação de determinadas substâncias com o interior da célula. Eles ficam nas membranas da célula e de estruturas intracelulares. Os receptores se unem a substâncias como hormônios e neurotransmissores, desencadeando uma série de reações no interior das células.

Lactobacillus rhamnosus -— é uma bactéria que ajuda na digestão. É usada por alguns fabricantes na composição de iogurtes.



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NOVO COLESTEROL "NA PRAÇA": o "SUPER-MAU"!



Cientistas da Universidade de Warwick descobriram por que uma forma recém-descoberta de colesterol parece ser "super-má", conduzindo a um risco aumentado de doença cardíaca. A descoberta pode levar a novos tratamentos para prevenir doenças cardíacas particularmente em pessoas com diabetes tipo 2 e os idosos.
A pesquisa, financiada pelo British Heart Foundation (BHF), descobriu que o "super-mau" colesterol, chamado MGmin-lipoproteína de baixa densidade (LDL), que é mais comum em pessoas com diabetes tipo 2 e os idosos, parece ser mais pegajoso do que o LDL normal e isto torna mais fácil a sua  fixação às paredes das artérias. Quando o LDL se fixa nas paredes das artérias, ajuda a formar as perigosas placas de gordura que causam a doença arterial coronariana (DAC).
DAC é a condição por trás dos ataques do coração, reivindicando 88 mil vidas no Reino Unido a cada ano.
Os pesquisadores fizeram a descoberta depois da criação da lipo-proteína humana MGmin-LDL em laboratório e, em seguida, estudaram as suas características e interações com outras moléculas importantes no corpo.
Eles descobriram que a MGmin-LDL é criada pela adição de grupos de açúcar ao "normal" LDL - um processo chamado glicação - formando LDL menores e mais densas. Mudando sua forma, os grupos de açúcar expoem novas regiões na superfície da LDL e estas regiões expostas são mais propensas a grudar nas paredes das artérias, ajudando a construir placas de gordura. As placas de gordura crescem nas artérias estreitas, reduzem o fluxo de sangue e podem, eventualmente, se soltar, provocando um coágulo sanguíneo que provoca um ataque cardíaco ou derrame.
A descoberta pode também explicar por que a metformina, uma droga amplamente prescrita para o diabetes tipo 2, parece levar a um risco reduzido de doenças cardíacas. Metformina é conhecida por levar a níveis mais baixos de açúcar no sangue, e esta nova pesquisa mostra que pode reduzir o risco de DAC, bloqueando a transformação de LDL normal no mais "pegajoso" MGmin-LDL.
Dra. Naila Rabbani, Professora Associada de Biologia Experimental da Escola Médica de Warwick , que liderou o estudo, disse: "Estamos animados para ver a nossa investigação conduzir a uma maior compreensão deste tipo de colesterol, o que parece contribuir para a doença cardíaca em diabéticos e idosos. Diabetes tipo 2 é um grande problema - dos 2,6 milhões de diabéticos no Reino Unido, cerca de 90 por cento têm o tipo 2. Também é particularmente comum em grupos de baixa renda e comunidades sul-asiáticas. 
"O próximo desafio é combater esse tipo mais perigoso de colesterol com os tratamentos que podem ajudar a neutralizar seus efeitos nocivos sobre as artérias dos pacientes."
Dr. Shannon Amoils, Assessor de Pesquisa na BHF, que financiou o estudo, disse:
"Sabemos há muito tempo que as pessoas com diabetes correm um maior risco de ataque cardíaco e derrame. Ainda há mais trabalho a ser feito para desvendar por que isto acontece, mas este estudo é um passo importante na direção certa. "Este estudo mostra como a composição e a forma de um tipo de colesterol LDL encontrado em diabéticos pode torná-lo mais nocivo do que outros tipos de LDL. Os resultados fornecem uma explicação possível para o aumento do risco de doença cardíaca coronária em pessoas com diabetes. Compreender exatamente como o LDL "super-mau" causa danos às artérias é crucial, assim como esse conhecimento pode ajudar a desenvolver novos tratamentos anti-colesterol para os pacientes."
A pesquisa foi publicada na revista Diabetes.
Para mais informações: Kate Cox, Gerente de Comunicações, Escola de Medicina de Warwick em +44 (0) 2476 574522 ou +44 (0) 7920 531221 ou kate.cox @ warwick.ac.uk Para entrar em contato Dr chamada Rabbani: +44 (0 ) 7880 850730 ou e-mail: N. Rabbani @ warwick.ac.uk
ou a assessoria de imprensa BHF em 020 7554 0164 ou 07764 290 381 (de horas) ou e-mail newsdesk@bhf.org.uk

Sinusite, cafeína, apneia do sono, ATM e TPM causam dor de cabeça

Fonte: G1
     
Tensão pré-menstrual (TPM), sinusite, cafeína, apneia do sono e disfunções na articulação temporomandibular (ATM) estão entre as mais de 150 causas de dor de cabeça.


Sinusite


Sinusite aguda pode dar dor de cabeça porque o seio da face inflama, acumula secreção e com isso as dores aumentam. O problema costuma estar associado a coriza, congestão nasal e até febre em alguns casos.O muco é produzido como uma reação de defesa a bactérias ou vírus, e a inflamação acontece para combater a infecção. Ao usar soro fisiológico, a hidratação aumenta, a secreção é drenada e o muco é eliminado. Isso faz com que os sinos desinflamem e a dor passe.
ATM e bruxismo

Dor de cabeça associada a um estalo ao abrir e fechar a boca e/ou ranger de dentes à noite pode ser um problema na articulação temporomandibular (ATM).


São dois os principais problemas que uma pessoa pode ter nessa parte do corpo. O primeiro deles é muscular: a chamada disfunção temporomandibular muscular, ou apenas DTM muscular. Essa disfunção costuma estar relacionada a um apertamento exagerado da mandíbula, que faz com que os músculos que movimentam a ATM fiquem cansados, trabalhem demais e sejam forçados.


O esforço pode causar uma lesão nos músculos da ATM, que provoca dores justamente no final da mandíbula, na junção dos ossos do crânio. O apertamento excessivo da mandíbula está associado ao estresse, a questões emocionais e ao estilo de vida.


Há outra forma de DTM, que é articular e pode ser causada por um apertamento desnecessário da mandíbula, bruxismo (também chamado de briquismo), o hábito de roer as unhas ou doenças das articulações, como a artrite.


Já o bruxismo – ato de ranger ou apertar os dentes uns contra os outros – é outro problema que pode desencadear uma disfunção na articulação da mandíbula. Pode haver desgastes nos dentes, fratura de restaurações dentárias e próteses e prejuízos ao periodonto (tecido que sustenta os dentes).


O bruxismo também pode causar um som desagradável, e há dois tipos. O mais comum é o do sono, que só aparece quando a pessoa está dormindo. Se o problema se manifesta durante o dia, é chamado de "bruxismo de vigília", e está mais relacionado a alterações neurológicas em crianças.

Estresse 

O estresse também pode provocar uma crise de enxaqueca. É um conjunto de mudanças no organismo, uma reação normal a determinados estímulos do ambiente e situações da vida. Toda vez que você tem um fator que gera ansiedade e preocupação, pode haver stress, que é uma resposta adequada do organismo e deixa o indivíduo alerta, acordado e atento.


O problema está relacionado com uma série de fatores, até hormonais, como a liberação de cortisol e adrenalina, que podem acelerar os batimentos cardíacos, dar tremores, insônia e dor de contratura muscular no pescoço.

Cafeína

Quem toma muita cafeína corre o risco de fazer com que o cérebro diminua o controle sobre a dor, o que enfraquece o sistema de proteção do corpo. É o mesmo sistema que faz, por exemplo, com que um jogador de futebol continue jogando bola até o final do jogo numa boa, justamente porque as endorfinas liberadas neutralizam a dor.


Quando a pessoa já tem uma certa pré-disposição a dores de cabeça e à enxaqueca, o café pode ser um gatilho para fazer com que esse desconforto surja com mais frequência e intensidade. A dor de cabeça provocada pelo café é persistente, dura pelo menos 15 dias no mês e permanece durante meses. Por isso, a medida de três xícaras de café por dia não deve ser ultrapassada.


Também há outra modalidade de dor de cabeça por cafeína, que é a de abstinência. Esse problema é muito comum em quem toma café demais durante a semana e dá uma pausa no final de semana.

Apneia do sono

Dor de cabeça ao despertar ou de madrugada, acompanhada de ronco e/ou sonolência, obesidade e alterações cardiovasculares, pode ser sinal de apneia do sono.

Essa dor é causada por microdespertares que a pessoa tem durante o sono: em média, mais de 15 vezes por noite. É uma forma de o cérebro forçar o indivíduo a respirar enquanto dorme. Alguns têm flacidez nos músculos da faringe e, quando deitam, o palato mole ("campainha") vai para trás e obstrui ainda mais o caminho do ar para o pulmão.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Artrite faz aumentar o risco de doenças cardíacas

Fonte: VEJA


Estudo mostra que pacientes que sofrem com o mal apresentam mais com doenças cardiovasculares

Artrite reumatóide



"A inflamação associada à artrite reumatoide aumenta o risco de pacientes desenvolverem doença cardíaca e outros eventos cardiovasculares. No entanto, é possível reduzir este risco a partir de um ataque em duas frentes: ao tratar a inflamação e fatores de risco tradicionais para doença cardíaca”

                                                       Wållberg-Jonsson, do Hospital Universitário Umeå, na Suécia.



Pacientes com artrite reumatoide correm mais risco de morrer em decorrência de doença cardiovascular, segundo um novo estudo publicado na revista científicaArthiritis Research & Therapy. De acordo com a pesquisa, o risco é maior devido a fatores como inflamação que ocorrem por causa da doença, além dos fatores de risco conhecidos que afetam a população geral.
O estudo acompanhou por cinco anos 400 pacientes, a partir da data do diagnóstico da artrite. A progressão da doença foi medida a partir de marcadores químicos de inflamação e aparência física. Os pacientes também foram monitorados junto com fatores de risco para problemas cardíacos, como peso, níveis de colesterol, pressão arterial, diabetes e tabagismo.
Depois de cinco anos, 97% dos pacientes tratados com drogas anti-reumaticas apresentaram redução da inflamação e melhora da aparência física. Segundo a análise de dados, eventos cardiovasculares, como doença cardíaca e acidente vascular cerebral poderiam ser previstos pela intensidade de artrite e pela presença de diabetes, pressão alta e nível de triglicérides.
"A inflamação associada à artrite reumatoide aumenta o risco de pacientes desenvolverem doença cardíaca e outros eventos cardiovasculares. No entanto, é possível reduzir este risco a partir de um ataque em duas frentes: ao tratar a inflamação e fatores de risco tradicionais para doença cardíaca”, diz Wållberg-Jonsson, do Hospital Universitário Umeå, na Suécia.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Entenda mais sobre o Linfoma não Hodgkin

Fonte: Centro de Combate ao Câncer


Reynaldo Gianecchini, que está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo,  recebeu diagnóstico inicial de linfoma, um câncer que atinge os gânglios linfáticos.  O ator tem um linfoma do tipo não-Hodgkin. Saiba mais sobre este câncer, que vêm afetando cada vez mais pessoas nos últimos anos:



Qual é a função do sistema linfático?

O sistema linfático consiste em pequenos vasos que percorrem todas as partes do corpo carregando a linfa, um líquido claro que contém os linfócitos (células brancas do sangue), responsáveis por combater infecções e doenças. A linfa é coletada nos linfonodos. Como os linfonodos e os vasos linfáticos são encontrados em praticamente todas as partes do corpo, o linfoma pode começar e acometer quase todos os lugares do organismo. 



O que é Linfoma não Hodgkin?

Linfoma não Hodgkin é uma neoplasia do sistema linfático na qual as células linfáticas começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e formando tumores. Pode ser indolente (de crescimento lento), agressivo (de crescimento rápido) ou possuir características de ambos os tipos. O linfoma de células B é o tipo mais comum e o linfoma de células T o menos comum. Devido à existência de vários tipos e subtipos de linfoma, é muito importante saber o diagnóstico correto para se instituir o tratamento mais adequado.


Incidência

A incidência do Linfoma não Hodgkin aumenta progressivamente com a idade. Em torno de 4 casos/100 mil indivíduos ocorrem na faixa dos 20 anos. A taxa de incidência aumenta até dez vezes, passando para 40 casos/100 mil indivíduos aos 60 anos, e mais de vinte vezes, chegando a 80 casos/100 mil indivíduos após os 75 anos.

Fatores de Risco

Pessoas infectadas pelo vírus HIV, Epstein-Barr, HTLV1 e pela bactéria Helicobacter  Pylori (que causa úlceras gástricas) apresentam maior risco de desenvolver linfoma. A exposição a componentes químicos  de herbicidas e pesticidas também está associada à sua ocorrência, assim como exposição à radiação. 

Sintomas

Os sintomas mais comuns do linfoma não Hodgkin são o aumento do tamanho dos linfonodos do corpo, sobretudo em locais como axilas, pescoço e região inguinal. E, ainda, a presença de sudorese excessiva à noite, febre, perda de peso súbita e prurido (coceira na pele).

O que significa estadiamento?

O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se está localizado e também se houve disseminação para outros locais. Além disso, informa se outros órgãos do corpo foram afetados. Existem quatro estágios para o linfoma não Hodgkin. A escala denominada Índice Prognóstico Internacional (IPI) é utilizada para prever seu prognóstico e selecionar o tratamento mais adequado.

Tratamento

O tratamento depende do tipo de linfoma, do estágio e do estado de saúde geral da pessoa. Em pacientes idosos, com linfoma indolente e sem qualquer sintoma, pode ser indicado um seguimento rigoroso sem que seja iniciado tratamento imediato, salvo em progressão da doença e início de sintomas. 
A quimioterapia é, na maioria das vezes, o tratamento primário. Em pacientes em estágio inicial ou que apresentam linfonodos muito aumentados, a radioterapia pode ser empregada durante ou após a quimioterapia. Um anticorpo monoclonal (Rituximab) é empregado no tratamento de muitos linfomas não Hodgkin de células B e, em conjunto com a quimioterapia, representa um dos grandes avanços do tratamento. Em alguns pacientes, utiliza-se a quimioterapia em altas doses, com resgate de células-tronco, também chamado de Transplante Autólogo de Medula Óssea. 
Os efeitos colaterais do tratamento podem ser prevenidos ou controlados com o auxílio do oncologista e da equipe médica.

Estatísticas 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano são estimados o aparecimento de 9,1 mil novos casos de pessoas com a doença, afetando 4,2 mil mulheres e 4,9 mil homens. No ano de 2008, o Instituto computou 3.568 mortes de pacientes com a doença. Além disso, o Instituto percebeu um aumento de 3% ao ano de casos de linfoma no Brasil, acompanhando o crescimento no resto do mundo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cientistas descobrem forma eficaz de curar leucemia em pacientes terminais


Fonte: R7


Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, multiplicaram as células de defesa de pacientes terminais em laboratório e as devolveram ao organismo. A doença regrediu em 100% dos pacientes em torno de um ano. O tratamento pode ajudar a curar outros tipos de câncer.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Nível de colesterol em brasileiros assusta médicos

                                                                                                           Fonte: boaSAÚDE


Existem dois tipos de colesterol. O bom, chamado de HDL, e o mau, chamado de LDL. O HDL é benéfico por facilitar a eliminação do mau colesterol do organismo ao retirá-lo das células. Já o LDL é o causador de problemas e doenças.
O colesterol, também conhecido como ‘gordura do sangue’ é encontrado em alimentos de origem animal e também em todas as células humanas. Ele é uma substância esbranquiçada, sem cheiro e gordurosa, necessário para a fabricação da bile, dos hormônios e da vitamina D. O excesso da substância no organismo faz com que placas de gordura se formem nas artérias, podendo causar doenças cardiovasculares. Acredita-se que 15% dos casos de derrame cerebral e 56% das doenças cardiovasculares sejam causadas por níveis elevados de colesterol.
Frente a essa realidade alarmante, no dia 7 de agosto deste ano a Sociedade Brasileira de Cardiologia irá lançar a Campanha Nacional de Controle do Colesterol. Além dos dados apurados pela SBC, uma descoberta realizada na Universidade de Warwick (Reino Unido) fortalece a necessidade da conscientização da população quanto a importância do controle do colesterol. Os pesquisadores identificaram um tipo de colesterol LDL que é ainda mais nocivo que os tipos já conhecidos. Outros estudos também apontam novos prejuízos causados pela substância, como a associação do colesterol a doenças como a demência senil, o Alzheimer, cânceres e artrite reumatóide.
Um dos maiores perigos relacionados ao colesterol alto é a dificuldade do diagnóstico da condição. Evandro Guimarães, presidente da Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC), explica que “O colesterol alto não provoca sintomas e a única forma de saber se ele está elevado é através da realização do exame de sangue, que deve ser realizado durante as avaliações médicas de rotina, check-up e em todas as pessoas que apresentam fatores de risco para doenças cardiovasculares ou que possuam parentes de primeiro grau acometidos por infarto, angina, acidente vascular cerebral, insuficiência vascular periférica, displidemia, dentre outras doenças”.
A tabela abaixo mostra dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia que podem servir como referência quanto a níveis saudáveis e problemáticos do colesterol e também hábitos de vida e risco de doenças. Porém, a opinião de um médico é sempre imprescindível.

Adulto sadio
Colesterol total ideal: até 200mg/dl
Pessoas com fatores de risco: Colesterol LDL: até 130mg/dl
Pessoas com doenças coronarianas: Colesterol LDL: até 100mg/dl

Qual a vantagem de fazer o tratamento e quais os fatores de risco?
Controlar o colesterol
• Menos 33% de risco de infarto
• Menos 25% de risco de morte
• Menos de 20% de risco de derrame


Controlar a pressão arterial
• Menos 15% de risco de infarto
• Menos 42% o risco de derrame


Parar de fumar
• Menos 50% de risco de infarto
• Menos 70% e risco de morte


Perder peso e praticar exercícios físicos
• Menos 25% de risco de diabetes 

Novas ferramentas para evitar velhos problemas

Câncer de próstata poderá ser diagnosticado com exame de urina

Um grupo de cientistas da Universidade de Michigan desenvolveu um novo exame de urina que detecta o risco de câncer de próstata e que pode servir de indicador sobre a necessidade de fazer ou não uma biópsia. Segundo o estudo publicado na revista "Science Translational Medicine", este teste pode ajudar os homens que apresentam uma presença elevada do antígeno PSA no sangue a decidir se podem atrasar ou evitar a biópsia, um exame que pode acarretar riscos para o paciente. 

A análise detecta uma anomalia genética presente em 50% dos casos de câncer de próstata, quando se fundem os genes TMPRSS2 e ERG. No entanto, como esta fusão só aparece na metade dos casos, os pesquisadores optaram por incluir na prova outro marcador tumoral, o PCA3. A combinação fornece mais dados para a detecção do câncer de próstata que a de qualquer um destes marcadores individualmente. 

Para realizar o estudo, cientistas analisaram as mostras de urina de 1.312 homens em três centros médicos acadêmicos e em sete hospitais. Depois, dividiram os pacientes em três grupos de acordo com o risco de sofrer de câncer: baixo, médio e alto. Por fim, compararam os resultados do exame de urina com os das biópsias feitas em cada paciente.
Os exames histológicos revelaram a presença de câncer em 21% dos casos que a prova tinha determinado como de baixo risco; em 43% os de médio e em 69% os do grupo de alto risco.
Além disso, só 7% dos homens que pertenciam ao grupo de baixo risco foram diagnosticados com tumor agressivo, já os de alto risco chegaram a 40%. 

Segundo a equipe de cientistas, há muitos mais homens que têm uma elevada presença do antígeno PSA no sangue que os que realmente sofrem câncer de próstata, algo que até o momento é difícil de determinar sem uma biópsia. Por isso que os pesquisadores querem que o novo exame de urina ajude o paciente a decidir se precisa ou não fazer uma biópsia.
A American Câncer Society estima que 217.730 pessoas receberão um diagnóstico de câncer de próstata este ano nos Estados Unidos, enquanto que 32.050 morrerão por causa desta doença.  Para acessar ao artigo, clique aqui.

DA EFE



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CIENTISTAS PRODUZEM NEURÔNIOS A PARTIR DE CÉLULAS DE PELE HUMANA


Fonte: G1


Novo método conseguiu converter 50% das células em neurônios.
Neurônios produzidos foram capazes de receber e transmitir sinais.





          Pesquisadores afirmam ter desenvolvido um modo de produzir neurônios diretamente de células da pele humana, inclusive as de pacientes com Alzheimer. O novo método pode facilitar a geração de neurônios para terapias de reposição no futuro, de acordo com a pesquisa publicada na revista científica Cell.
            Os neurônios produzidos já estão começando a render teorias sobre o que há de errado no cérebro com Alzheimer e como os neurônios doentes podem responder a um tratamento.
          Em outras pesquisas para gerar neurônios a partir de células da pele, as células adultas precisaram antes retornar ao estado embrionário. Essas células, chamadas de células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), são difíceis de se produzir. Menos de 1% são feitas com sucesso. Além disso, são necessários meses de espera.
            “As células iPS são estimulantes se pensarmos nos limites da clonagem e no uso de células-tronco, mas ainda há um vicioso e longo processo quando queremos usar células de pacientes ou células normais como células de reposição”, diz Asa Abeliovich, da Universidade de Columbia, autor principal do estudo.
           A equipe de pesquisadores, por um processo de acerto e erro, conseguiu identificar fatores capazes de tornar células de pele humana em neurônios. Refinando a pesquisa, eles obtiveram a conversão de 50% das células.
         Os neurônios produzidos in vitro foram capazes de transmitir e receber sinais e, quando transplantados em cérebros de ratos em desenvolvimento, as células convertidas foram capazes de se conectar ao circuito existente. “São realmente neurônios”, diz Abeliovich.
           Já nos neurônios produzidos a partir de células com Alzheimer, os pesquisadores perceberam anormalidades características da doença. Assim, acreditam que a análise pode trazer conclusões significativas que não puderam ser obtidas por meio de pesquisas anteriores.
        Segundo o pesquisador, no entanto, há uma preocupação crescente sobre a estabilidade dessas células, já que a habilidade delas de se reproduzirem e crescerem também torna maior o risco de câncer.
           “Não sabemos se teremos respostas, mas, ano menos, agora nós podemos fazer a pergunta. É a ponta do iceberg”, diz Abeliovich.