quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Prova de que a marca ULBRA é sinônimo de qualidade SIM!!!


A ULBRA avança no ranking do MEC e figura entre as 6 melhores particulares do Brasil


A ULBRA é a sexta melhor universidade particular do Brasil, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) 2009, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira, 13.01. A ULBRA obteve o conceito 4, igual ao das cinco que a antecedem, e ficou com apenas 79 pontos de diferença para a primeira colocada particular. O ranking nacional avaliou 2.137 instituições de ensino superior do país, sendo 2.069 particulares. O crescimento da ULBRA também confirmou-se no ranking geral.

O avanço na posição do ranking é avaliado pela Reitoria da Universidade como resultado de todo o movimento realizado por seus gestores, professores e colaboradores focado no ensino. “Os alunos já sentem a determinação da atual gestão em retomarmos a nossa posição como instituição de ensino de qualidade. Nós estamos consolidando o rumo do crescimento da ULBRA e vamos nos superar ainda mais”, afirma o reitor Marcos Fernando Ziemer.

Um ponto positivo do ranking das universidades apontado pelo reitor é a presença forte das IES do Rio Grande do Sul nas primeiras colocações, tanto do ranking geral quanto das particulares. Entre as 10 melhores particulares do país, cinco são gaúchas. “Nosso Estado está demonstrando sua qualidade no ensino superior. Isto é bom para todos. O MEC e os alunos da ULBRA no RS comprovam que a Universidade está cada vez melhor”, garante Ziemer.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Biomédicas Empreendedoras

A Biomedicina da ULBRA de Cachoeira está especialmente orgulhosa destas duas biomédicas da nossa casa que estão investindo na carreira e na profissão! Parabéns as doutoras pela espírito empreendedor!

Risco de contrair HIV em transfusão é maior no Brasil que nos EUA

Uma em cada 100 mil bolsas de sangue pode estar contaminada.
Nos EUA, a relação é de 1 para cada 2 milhões de bolsas.

Agencia Estado
Doação de sangue 
Doação de sangue (Foto: Divulgação/AENotícias)
 
    Uma pesquisa feita em três hemocentros brasileiros no período entre 2007 e 2008 indica que o risco de contrair HIV em transfusões de sangue no Brasil é 20 vezes maior do que nos Estados Unidos.
   O trabalho, feito por estimativa, calcula que 1 em cada 100 mil bolsas de sangue do País pode estar contaminada pelo vírus causador da Aids. Nos EUA, a relação é de 1 para cada 2 milhões de bolsas.
   Embora muito mais elevados do que norte-americanos e de alguns países europeus, os índices brasileiros melhoraram. Versão anterior da pesquisa, de 2006, indicava que 1 em cada 60 mil bolsas poderia estar contaminada pelo HIV. "Precisamos avançar na segurança. Mas não há dúvida de que muito já foi feito", afirma a coordenadora do trabalho, Ester Sabino, da Fundação Pró-Sangue de São Paulo. Com números atuais, entre 30 e 60 pessoas por ano podem ser contaminadas por sangue doado. Na versão de 2006, a estimativa era de que entre 50 e 100 pessoas pudessem se infectar.
   Financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH, em inglês), o estudo coordenado por Ester foi feito a partir da análise de bolsas de sangue coletadas nos hemocentros de São Paulo, Minas e Pernambuco. Durante a apresentação do trabalho, em Congresso da Associação Americana de Bancos de Sangue, Ester classificou como "alto" o risco residual para HIV durante transfusões no Brasil.
 
Teste por melhorar segurança
 
   Uma das alternativas para melhorar a segurança é a introdução de rotina do uso de um teste batizado de NAT, que identifica traços do vírus no sangue e não de anticorpos, como exames tradicionais. Ester calcula que, com o início do exame, o risco de infecção por HIV passaria de 1 a cada 100 mil para 1 em cada 250 mil. "O exame, sozinho, não basta", diz.


   O coordenador da Política de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, afirmou que até o início do segundo semestre estarão em funcionamento pelo menos oito plataformas para realização de exames NAT. Mas Genovez contesta os índices apresentados no trabalho: "Eles estão mais para um oráculo. Foram feitos por estatística, não podem ser considerados fato." Genovez cita um levantamento feito em 130 mil bolsas de sangue coletadas em hemocentros de Santa Catarina, São Paulo, Rio e Pernambuco, no qual o vírus não foi identificado em nenhuma amostra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cientista cria curativo inspirado no mel

Testes indicam que cicatrização acontece mais rapidamente.

Da BBC

    Inspirado pela estrutura química do mel, o cientista britânico Paul Davies, dono da empresa Archimed, desenvolveu um novo tipo de curativo que apressa a cicatrização. Para gente como o paciente Leonard Halsted, que ficou meses com uma ferida aberta na perna após uma operação para retirada de um tumor, a diferença pode ser crucial. Em poucas semanas com o novo curativo, a ferida começou a fechar.

Curativo mel 1 
O cientista britânico Paul Davies combinou iodo e oxigênio em duas camadas de gel, inspirado na característica do mel. (Foto: BBC)
 
    "A cura foi quase milagrosa, a velocidade com que atuou, como ela diminuiu, inclusive a dor, em questão de dias. Em uma ou duas semanas, estava cicatrizada", disse Halstead. Pensando no mel, Paul Davies combinou iodo e oxigênio em duas camadas de gel que interagem vagarosamente.

Curativo mel 2 
Davies acredita que o método pode ser útil aos sistemas de saúde públicos. (Foto: BBC)

   Ele afirma que isso proporciona uma dupla ação, já que o iodo mata bactérias e o oxigênio estimula os glóbulos brancos do sangue que também matam bactérias, reforçando as defesas naturais do corpo.
    Só a Grã-Bretanha gasta 4% do orçamento de saúde, ou seja, o equivalente a mais de R$ 5 bilhões por ano, no tratamento de feridas que não cicatrizam. Alguns pacientes chegam a passar anos tratando a mesma ferida, com casos de até 20 anos. O novo curativo custa mais caro do que o convencional, mas Paul Davies acredita que, se for adotado, o sistema de saúde pública pode economizar muito em longo prazo.

Sobreviventes do H1N1 desenvolvem 'superanticorpos' para gripes

Estudo foi divulgado nesta segunda no 'Journal of Experimental Medicine'. Resposta imune incomum pode ser chave para possível vacina.

Da Reuters
 
    Um estudo dos anticorpos de pessoas infectadas com o vírus H1N1, da gripe suína, é mais uma indicação de que os cientistas estão perto de uma vacina "universal" capaz de neutralizar muitas cepas do micro-organismo, incluindo também a gripe aviária (H5N1), afirmaram pesquisadores norte-americanos nesta segunda-feira (10).


   De acordo com os pesquisadores, as pessoas infectadas na pandemia do H1N1 desenvolveram uma resposta imune incomum, produzindo anticorpos capazes de protegê-las de todas as cepas sazonais da gripe H1N1 da última década, da cepa mortal da gripe espanhola de 1918 e mesmo de uma cepa da gripe aviária H5N1.

   "Isso mostra que uma vacina universal para a influenza é de fato possível", disse Patrick Wilson, da Universidade de Chicago, que trabalhou no artigo publicado no "Journal of Experimental Medicine". Muitas equipes trabalham numa vacina "universal" da gripe, que seria capaz de proteger as pessoas de todas as cepas de gripe durante décadas ou mesmo durante a vida inteira.


   Autoridades norte-americanas afirmam que uma vacina universal eficaz contra a gripe teria consequências enormes para o controle da influenza, que mata entre 3.300 e 49 mil pessoas anualmente nos Estados Unidos.
   A equipe de Wilson começou a produzir os anticorpos em 2009 a partir de nove pessoas infectadas na primeira onda de gripe suína, antes do desenvolvimento da vacina contra o H1N1. A esperança era desenvolver uma forma de proteger os funcionários da saúde.
    Trabalhando em parceria com pesquisadores da Escola de Medicina da Emory University, a equipe produziu 86 anticorpos que reagiram com o vírus H1N1 e os testou em diferentes cepas. Desses, cinco eram capazes de interferir com muitas cepas de vírus, incluindo a da gripe espanhola de 1918 e a da gripe aviária H5N1.
   Testes com esses anticorpos em ratos indicaram que os animais estavam totalmente protegidos de uma dose de gripe que poderia ser letal.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Veja os acontecimentos científicos que marcaram 2010


Uma das mais respeitadas revistas do mundo, a "Science" divulgou recentemente uma lista das mais importantes descobertas científicas ocorridas na década e ao longo deste ano.

JANEIRO-
Hélice tripla
   Pesquisadores do Instituto de Biociências da USP encontram, em células vivas de insetos, indícios de hélice tripla em DNA, e não apenas dupla como sugeriram James Watson e Francis Crick em 1953. É impossível não relacionar o estudo a Linus Pauling (1901-1994), Nobel de Química e da Paz que desenvolveu teoria semelhante.

 
Desastres naturais
   Em entrevista à Folha, a geóloga Lisa Grant fala sobre a dificuldade que as pessoas têm de aceitar riscos de um desastre natural -um terremoto atingiu o Haiti em 12 de janeiro. Segundo ela, as ciências da Terra progrediram muito nas últimas décadas, mas a sociedade não sabe aproveitar o conhecimento que elas produzem.

FEVEREIRO

Precisão de sismos
   Um dos maiores especialistas da área de sismologia (ciência que estuda terremotos), Thomas Jordan diz que a previsão de abalos a longo prazo ainda é um objetivo incerto, mas a detecção de grandes tremores com até alguns minutos de antecedência pode se tornar realidade.

Complô científico?
    Grupo pequeno de biólogos que desenvolvem pesquisas com células-tronco lança manifesto contra a maneira como estudos nessa área são selecionados para posterior publicação nas principais revistas científicas. Esse "vestibular" teria se transformado em uma panelinha.

MARÇO

Acelerador de partículas
   Após 20 anos desde que teve início sua construção, o acelerador de partículas LHC (sigla em inglês de Grande Colisor de Hádrons) realiza uma tentativa de recriar o Big Bang a partir de choques de prótons. O experimento é feito na sede da Cern (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), na fronteira entre Suíça e França.


À frente do tempo
   Depois de perder a eleição presidencial dos EUA, em 2000, para George W. Bush, o candidato democrata Al Gore passa a se dedicar a temas ambientais como o aquecimento global e as mudanças climáticas. Ele lança o livro "Nossa Escolha" e "Uma Verdade Inconveniente" vira documentário elogiado mundialmente.

ABRIL

Meta equivocada
   Pesquisadores da Alemanha fazem as contas e alertam: acordo de Copenhague, proposto em 2009, será ineficiente para manter aquecimento global em 2ºC. Segundo o grupo, que publicou artigo na "Nature", a meta pode provocar efeito contrário e elevar até 2020 as emissões anuais, assim como a temperatura do planeta.

Cai patente de genes nos EUA
Um juiz federal dos Estados Unidos elimina as patentes que protegem dois genes ligados ao aparecimento de câncer de mama e de ovário. Se fosse mantida, a sentença poderia abrir caminho para o questionamento de milhares de patentes envolvendo genes humanos, alterando todo o sistema de propriedade intelectual da área de biotecnologia.

MAIO

Butantan 1 - "Bobagem medieval"
   Ex-presidente da Fundação Butantan se refere a acervo de répteis e artrópodes do local, parcialmente destruído durante incêndio, como sendo uma "bobagem medieval". A frase irrita zoólogos do instituto, que pedem a Raw que "vá para casa".

 
Butantan 2
   Reportagem da Folha mostra que o Instituto Butantan recebeu, entre 2007 e 2008, quase R$ 1 milhão da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para reforçar sua infraestrutura, como a segurança do prédio. Mas o montante teria sido alocado para outros fins.

Nossas origens
   Depois de algumas décadas caricaturando-o como inferior, lerdo, menos sofisticado, cientistas acham diferenças mínimas, mas significativas, entre o neandertal e o Homo sapiens. Uma das possibilidades sugere que alguns dos genes importantes para o comportamento ou a inteligência do homem moderno teriam vindo dos neandertais.

JUNHO

Risco para coleções biológicas
   Depois do incêndio do Instituto Butantan, surge uma rixa entre os ministérios da Ciência e Tecnologia e o do Meio Ambiente. A divergência emperra a criação de uma política nacional para coleções biológicas, principal registro da biodiversidade do país.

Perda com fitoterápicos
   O Brasil deixa de gerar cerca de US$ 5 bilhões por não transformar sua flora em remédios. Essa diferença surge na comparação entre o valor movimentado pelo mercado brasileiro e por outros países com uma biodiversidade muito menor que a brasileira, mas que tiveram sucesso na transformação de moléculas de plantas em medicamentos. Somente um fitoterápico foi desenvolvido em território nacional.

JULHO
Caroneiros
   O país tem mais de 50 espécies invasoras marinhas. Esse número deve aumentar, já que não há um método para barrar a chamada bioinvasão, que pega carona no lastro de navios em 55% dos casos. O dado é do Ministério do Meio Ambiente, que aponta a água das embarcações internacionais como a principal vilã do problema.



Anticorpos detêm HIV
   Pesquisadores identificam anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maioria das cepas conhecidas do vírus HIV, abrindo caminho para o desenvolvimento de uma vacina anti-Aids. Eles parecem promissores por impedir a infecção de células humanas em mais de 90% das variedades de HIV.

AGOSTO

Conduta científica em xeque
   O governo federal dos EUA possui, desde 1993, uma agência para verificar fraudes científicas, a ORI (Agência para a Integridade em Pesquisa, na sigla em inglês). Em 2009, o número passou a ser recorde, com 217 casos. Um terço das investigações, que significam cerca de US$ 110 milhões em gastos, resulta em punição -em geral, afastamento de cargos e verbas públicas.

Acelerador de partículas nacional
   Brasileiros trabalham em um protótipo do segundo acelerador de partículas do país (e da América Latina) -a nova máquina será compatível com as mais avançadas do mundo. Chamado de Sirius, o projeto do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), de Campinas, custaria US$ 200 milhões.

SETEMBRO

"Mãe" do DNA
   Cartas relevadas em 2010 ajudam a contar a história da mulher mais injustiçada da ciência moderna. Rosalind Franklin, que teve papel fundamental na descoberta da estrutura do DNA, é atacada pelo chefe do seu laboratório, o biólogo molecular Maurice Wilkins, nos anos 1950. Eles se odiavam e mal conversavam.

Milagre de Moisés sob as leis da física
   A abertura das águas durante fuga do Egito de Moisés e israelitas pode ter sido um evento natural, dizem dois cientistas. De acordo com eles, um vento com velocidade próxima a 100 km/h soprou sobre a desembocadura do rio Nilo -ao invés do mar Vermelho- por 12 horas. Isso teria empilhado as águas, abrindo uma passagem com alguns quilômetros de largura.

OUTUBRO

Mais genomas decifrados
   O ritmo dos computadores atuais vai influenciar o sequenciamento (leitura) de DNA, segundo estimativa da revista científica "Nature", que consultou mais de 90 centros de pesquisa genômica. Em 2009, havia havia menos de dez genomas humanos decifrados. Quando 2011 terminar, serão mais de 30 mil -ou até mais.

Nobel
   O britânico Robert Edwards ganhou o Nobel de Medicina por suas pesquisas sobre a fecundação in vitro, iniciadas nos anos 50, em parceria com Patrick Steptoe, morto em 1988.
   O prêmio de Química foi para um cientista norte-americano e dois japoneses -Richard Heck, Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki- por seus trabalhos sobre reações de cadeias de carbono, que podem ser usadas no futuro em tratamentos contra o câncer, na indústria eletrônica e na agricultura.
   Já o de Física foi entregue a Andre Geim e Konstantin Novoselov, ambos de origem russa, por suas descobertas sobre o material bidimensional grafeno, aplicáveis à física quântica. Geim tem ainda a particularidade de ter recebido um Ig Nobel pelo estudo envolvendo a levitação de sapos.
   O Ig Nobel, versão satírica dos prêmios Nobel que elege os trabalhos mais esdrúxulos e inusitados da ciência, honrou experimentos trabalhosos e cuidadosamente projetados. Entre as pesquisas deste ano, há um tratamento para asma que indica passeios de montanha-russa (prêmio de Medicina) e uma técnica contra escorregões no solo congelado que consiste em usar as meias sobre os sapatos (prêmio de Física).

NOVEMBRO

Pele vira sangue
   Um coquetel bioquímico preparado por cientistas do Canadá se revelou uma receita eficaz para transformar pele humana em sangue. As células conhecidas como fibroblastos, extraídas de um pedaço de pele com quatro por três centímetros de medida, foram "convencidas" a gerar todos os principais componentes do sangue, de eritrócitos (os populares glóbulos vermelhos) a células de defesa. Técnica pode facilitar transplantes para males sanguíneos e ajudar doentes com câncer; teste ocorreria em 2012.

Planeta de outra galáxia
   Astrônomos europeus encontraram um planeta vindo de outra galáxia bem na nossa vizinhança cósmica. Batizado de HIP 13044 b, o objeto foi detectado com o auxílio de um supertelescópio no Chile. O intruso fica a cerca de 2.000 anos-luz da Terra e é um gigante. Tem pelo menos 1,25 vez o tamanho de Júpiter, que é o maior planeta do Sistema Solar.

DEZEMBRO
Bactéria "ET"
   A agência espacial dos EUA, a Nasa, anunciou com alarte revelações que seriam sobre a vida extraterrestre. A descoberta se referia a uma bactéria que trocou o arsênio pelo fósforo -um dos seis elementos considerados essenciais à vida (carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo) para viver. Mas a bactéria estava em solo terrestre, mais especificamente em um lago na Califórnia. A comunidade científica recebeu a notícia com ceticismo e críticas.
Erros vem da Ásia
    Cerca de um terço dos artigos científicos que passaram por retratações -ou seja, foram "despublicados" por erros graves ou mesmo fraudes- vieram da Ásia, com destaque para países como China, Coreia do Sul e Índia. O levantamento foi feito pelo neurofisiólogo americano Grant Steen, da empresa Medical Communications Consultants. O Brasil ficou em 20º no ranking mundial.

Relembre as principais notícias de saúde que marcaram 2010 segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes

MARÇO

Corante ocular

   Pesquisadores do Departamento de Oftalmologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) desenvolveram um corante intraocular a partir da antocianina, uma substância do açaí. A patente do produto foi obtida no dia 2 de março e o corante natural começou a ser utilizado em cirurgias na universidade em abril. Segundo um estudo, o corante natural é 20 vezes mais barato do que os convencionais. Cada frasco usado por operação custa de R$ 200 a R$ 500.
   Os corantes são utilizados em cirurgias da retina (camada mais interna do globo ocular) e do vítreo (componente que preenche o olho, responsável pelo tônus ocular), para que seja possível visualizar membranas e tecidos transparentes na correção de doenças que acometem o fundo dos olhos, como a retinopatia diabética e descolamentos da retina e do vítreo.

Sibutramina

   A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) endureceu as regras para prescrição e venda de drogas para emagrecer que contêm sibutramina. Desde o dia 30 de março de 2010, elas deixaram de ser vendidas com receita branca (de controle simples) e passaram a ser vendidas com receita azul (de controle especial).
   Após as restrições, as vendas de inibidores de apetite com sibutramina caíram 60% neste ano -segundo balanço divulgado no dia 6 de agosto-, quando passaram a ser controladas. Até então, a droga era a mais usada para perder peso.

MAIO

Gravidez natural para soropositivos

   O Ministério da Saúde elaborou em maio um documento em que estimula portadores de HIV que queiram ter filhos a fazer sexo desprotegido em condições específicas. Segundo o texto, se o casal planejar a gravidez na melhor fase clínica do tratamento, o risco de transmitir o vírus é muito menor.
   Isso inclui estar com a quantidade de vírus baixa e o total de células de defesa elevado, não ter doenças crônicas associadas nem infecções no trato genital. A relação deve ocorrer no dia do período fértil da mulher. Especialistas em Aids apoiam a intenção do governo.

JULHO

Pior lugar para morrer

   Estudo inédito que compara os cuidados com pacientes terminais em diversos países coloca o Brasil entre os piores lugares para morrer. Entre as 40 nações analisadas, o Brasil só não é pior do que Índia e Uganda, de acordo com o trabalho, feito pela unidade de inteligência da revista "The Economist".
   Cada país recebeu sua pontuação no recém-criado índice de qualidade de morte. A nota é composta por indicadores qualitativos e quantitativos, normalizados e traduzidos em números. Dispostos em quatro categorias, os indicadores incluem desde macrodados -como expectativa de vida e porcentagem do PIB destinada à saúde- até fatores como a facilidade em se obter analgésicos e se os estudantes de medicina são treinados em cuidados paliativos.

AGOSTO
H1N1
   No dia 10 de agosto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou o fim da pandemia de gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus. Segundo o mais recente balanço da OMS, a gripe matou 18.449 pessoas em 214 países e territórios.


 
  
Brasileiros ficando gordos
   A população brasileira está ficando mais gorda em velocidade acelerada. Dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados no dia 27 de agosto indicam que o total de homens acima do peso na população de 20 anos ou mais chegou a 50,1%. Na POF de 2002-2003, essa proporção era de 41,4%.
   O aumento de peso pode ser percebido em todas as faixas etárias, independente do sexo, da região ou da faixa de renda. Entre as mulheres, a proporção de pessoas acima do peso aumentou de 40,9% para 48%. Na prática, quase metade da população está acima do peso.

Desnutrição infantil

   O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao comentar os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares com dados sobre o estado nutricional da população brasileira, comemorou a queda da desnutrição infantil. Ele afirmou que o estímulo ao aleitamento materno contribuiu para essa melhoria e diz que hoje não mais se verifica a diferença na altura média de crianças do nordeste com as do sul do país.

SETEMBRO

Avandia

   A Anvisa cancelou o registro do medicamento Avandia no dia 29 de setembro, fabricado pela empresa GlaxoSmithKline, que tem como princípio-ativo a substância rosiglitazona. O remédio é utilizado no tratamento contra a diabetes tipo 2.
   A decisão foi tomada após a avaliação de estudos que demostraram que os riscos da utilização do medicamento superam seus benefícios. Também foi determinado que o laboratório produtor do medicamento faça o recolhimento do produto em todo o território nacional.

OUTUBRO

Novas diretrizes da cirurgia plástica

   A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica prepara novas normas de segurança para o paciente. Entre as novas recomendações estão à limitação do número de procedimentos a serem feitos em uma só cirurgia, a definição de exames exigidos antes da operação, as restrições para procedimentos em adolescentes e a definição do tipo de anestesia para cada caso.
   Segundo a sociedade, a revisão é necessária em função dos avanços tecnológicos e do aumento no número de plásticas, além dos casos de mortes.

NOVEMBRO

Antibióticos
   No dia 28 de outubro, a Anvisa publicou no "Diário Oficial da União" as novas regras para controlar a venda de antibióticos. Desde o dia 28 de novembro, 93 substâncias usadas como princípio ativo de antimicrobianos passaram a ser vendidas com a apresentação de uma receita especial, em duas vias.
   A primeira é retida na farmácia, e a segunda é devolvida carimbada ao cliente. A medida vale para comprimidos, xaropes e pomadas. Quem prescrever as receitas deve atentar para a necessidade de entregar de forma legível e sem rasuras duas vias do receituário aos pacientes.

 
DEZEMBRO

Mortes por AIDS no Brasil

   Segundo dados do balanço anual divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 1º de dezembro, o total de casos de Aids acumulado no Brasil entre 1980 e junho de 2010 é de 592.914 pessoas. Só em 2009, 38.538 pessoas foram infectadas. O número é maior que o total de novos casos de Aids em 2008, que somaram 37.465.

Ortotanásia

   O Congresso Nacional deu mais um passo para a regulamentação da ortotanásia no Brasil. Uma semana depois de a Justiça Federal dar respaldo aos médicos que optarem por não tentar prolongar a vida de doentes terminais, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou no dia 8 de dezembro projeto de lei que define os procedimentos necessários para a prática.
   A proposta aprovada pelos deputados detalha pontos como a exigência de autorização expressa do paciente, da família ou do representante legal para a ortotanásia. O projeto prevê que o pedido será avaliado por uma junta médica antes da decisão final.

Feijão e arroz perdem espaço

   Prato típico da culinária brasileira, o feijão com arroz vem perdendo espaço nos domicílios para produtos industrializados e semiprontos. A mudança foi constatada pela pesquisa "Aquisição alimentar domiciliar per capita", divulgada no dia 16 de dezembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
   O estudo mostrou que, em 2009, cada brasileiro adquiria em média 14,6 kg de arroz por ano para consumo no lar. O número é 40,5% menor do que os 24,5 kg de 2003. No caso do feijão, a quantidade passou de 12,4 kg para 9,1 kg no período, numa redução de 26,4%. Por outro lado, os alimentos preparados e misturas industriais, como pizzas congeladas e misturas para bolos, tiveram o maior aumento em relação a 2003, de 37%.

Tabela nutricional em redes de fast food
   Mais de 60 das principais redes de lanchonetes e restaurantes do país passarão, em 2011, a divulgar as informações nutricionais dos alimentos que vendem. Os estabelecimentos deverão informar em local visível dados como valor energético e quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e sódio de cada alimento.
   Essas informações serão dispostas em tabelas e impressas em embalagens (se houver), cartazes, cardápios ou folhetos. Se a empresa tiver site, também deve divulgar ali os dados nutricionais.
   As empresas têm seis meses para cumprir o acordo, que saiu depois de mais de um ano de discussões entre as partes e que foi firmado no começo de dezembro com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério Público Federal de Minas Gerais.