terça-feira, 30 de novembro de 2010

IBGE mostra quantos laboratórios há no Brasil

Segundo a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS) 2009, realizada pelo IBGE, existem 16.657 laboratórios de análises clínicas no país e 5.854 de anatomia patológica/citologia. Os dados referem-se ao ano passado. Esses números incluem laboratórios que estão em hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de saúde com ou sem internação.


A AMS 2009 mostra quantos laboratórios prestam serviços somente a particulares (incluindo planos de saúde), quantos atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e quantos têm os dois tipos de atendimento. Os dados se sobrepõem porque muitos estabelecimentos enquadram-se em mais de uma dessas situações.

Laboratórios de análises clínicas e anatomia patológica/citologia no Brasil
  Tipo de atendimento    
 Total Público (SUS) Privado Privado/SUS
Análises clínicas  16.657  4.917  11.740 5.468
Anat.patológica/citologia  5.854 1.300 4.554  1.973


O IBGE pesquisou os estabelecimentos de saúde públicos que têm CNPJ próprio ou da mantenedora, os privados com CNPJ próprio ou da mantenedora e os que estão registrados como Pessoa Jurídica (têm CNPJ).

Nos públicos, foram considerados os estabelecimento que têm instalações físicas destinadas exclusivamente a ações na área da saúde. Nos privados, foram pesquisados aqueles que têm pelo menos um funcionário pertencente à empresa, independentemente do número de profissionais de saúde (terceirizados ou não) que trabalham no local.
 

A pesquisa mostra, também, o total de laboratórios situados em estabelecimentos de saúde que não possuem internação, incluindo os que oferecem exclusivamente Serviços de Apoio ao Diagnóstico - SAD (exames) e Apoio à Diagnose e Terapia - SADT.

Laboratórios em estabelecimentos sem internação
    Tipo de atendimento 
 Total  Público (SUS)Privado  Privado/SUS
 Análises clínicas 12.850  3.140 9.710 4.025
 Anat.patológica/citologia  4.560  809  3.7511.448


Outra informação é o número de estabelecimentos somente de SAD e SADT em cada região geográfica e tipo de atendimento (SUS, privado e privado/SUS). Como nas tabelas anteriores, os dados se sobrepõem porque muitos enquadram-se em mais de uma dessas situações.

Estabelecimentos exclusivamente SAD/SADT por região e tipo de atendimento
  TotalPúblico (SUS) Privado Privado/SUS
Brasil 19.294  1.768 17.526 6.148
Norte  837 102  735 272
Nordeste 3.813  517  3.2961.209
Sudeste  8.545  740  7.805 2.181
Sul      4.265  170  4.095 1.996
Centro-Oeste 1.834   239  1.595 490

Perfil da saúde no Brasil

A pesquisa do IBGE procura apresentar uma visão dos serviços de saúde no país. O número de laboratórios é uma parte das informações disponíveis.

A realização da AMS 2009 foi antecipada na reportagem “Quantos somos”, publicada na edição de outubro/2009 do jornal Notícias - Medicina Laboratorial (clique para ler a edição on line daquele mês, em arquivo pdf), da SBPC/ML.

O IBGE procura mostrar quantos estabelecimentos de saúde existem no país. Destes, ele informa o número dos que estão em atividade, os desativados - parados, mas com possibilidade de reabertura –, os extintos e aqueles que estão em atividade parcial – funcionam mas têm pelo menos uma atividade paralisada ou desativada.

Foram pesquisados estabelecimentos como postos e centros de saúde; clínicas e postos de assistência médica; pronto-socorros; unidades mistas; hospitais civis e militares; unidades de complementação diagnóstica e/ou terapêutica; clínicas odontológicas, radiológicas e de reabilitação; e laboratórios clínicos.


Não foram incluídos consultórios particulares mantidos por médicos, psicólogos e outros profissionais de saúde autônomos, que não se enquadram nos tipos mencionados acima.

Também não foram pesquisados estabelecimentos como ambulatórios e gabinetes médicos ou dentários de rede escolar que atendem somente alunos e funcionários, de empresas particulares e públicas exclusivos para os empregados; ambulatórios médicos exclusivamente para exames de capacitação (como clínicas que fazem exames de vista para o Departamento de Trânsito); instituições de pesquisa e ensino que não atendem pacientes regularmente; e serviços de saúde criados para campanhas provisórias.

Fonte: IBGE

Estudo faz descoberta para células-tronco de câncer de mama

Achado sugere um novo alvo para o tratamento medicamentoso da doença

As células-tronco de câncer de mama, as células agressivas que se acredita serem resistentes a terapias contra o câncer atuais e que promovem metástases, são estimuladas por estrogênio por uma via que reflete o desenvolvimento das células-tronco normais. 
 

Com a interrupção dessa via os pesquisadores foram capazes de parar a expansão dessas células, um achado que sugere um novo alvo para terapia medicamentosa. O estudo, feito em camundongos, foi publicado nesta semana na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) Early Edition.

— Um aspecto crítico de nosso trabalho foi a descoberta que o estrogênio poderia promover o crescimento do câncer de mama, com a modulação da proporção das células-tronco de câncer de mama. Como essas células não eram diretamente sensíveis ao estrogênio, não estava claro como o estrogênio poderia afetar sua quantidade — diz Charlotte Kuperwasser, Ph.D.

A pesquisadora é professora associada nos departamentos de Anatomia e Biologia Celular e Oncologia de Radiação da Tufts University School of Medicine, e membro dos departamentos de programa de Biologia Desenvolvimentista e Molecular, Genética e Celular da Sackler School of Graduate Biomedical Sciences at Tufts.

— Entretanto, descobrimos que células cancerígenas sensíveis a hormônio podem se comunicar com as células-tronco e regular sua quantidade. Com a interrupção da interação entre as populações de células cancerígenas tivemos condições de impedir o crescimento do tumor.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ufa!! Enade 2010 já era!

Neste final de semana 21 acadêmicos "guerreiros" do curso realizaram a prova do ENADE sob alta temperatura na tarde ensolarada de domingo. Como era esperada, a prova foi mal formulada e algumas questões tinham mais de uma resposta, contudo nada que preocupe nossos alunos. só pra recordar o momento foi "tirado um retrato" dos coordenadores que recepcionaram os alunos da chegada para a prova e ficaram no lado de fora após o início da prova.
Fica aqui o meu especial agradecimento aos alunos que se dispuseram a passar uma tarde de domingo fazendo prova. Valeu mesmo!! Independente da nota vocês são dez!!


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Médicos britânicos tratam vítima de derrame com células-tronco

Tratamento experimental com doze pacientes em Glasgow, na Escócia, é primeiro do mundo a injetar células-tronco no cérebro.

    Médicos britânicos injetaram células-tronco no cérebro de um paciente vítima de derrame, como parte de um estudo para descobrir um novo tratamento para a doença. O homem idoso, que não apresentava melhora em seu estado de saúde havia muitos anos, é a primeira pessoa no mundo a receber o tratamento experimental, que envolve 12 pacientes do Southern General Hospital, em Glasgow, na Escócia.

 
   Ele recebeu uma injeção com uma pequena dose de células-tronco no último fim de semana, já recebeu alta e, segundo os médicos, passa bem. O objetivo do teste inicial é garantir que o procedimento seja seguro para os pacientes. Durante o próximo ano, outras vítimas de derrame cerebral receberão doses progressivamente maiores, ainda para descobrir se o tratamento não apresenta altos riscos. Mas os médicos também examinarão os pacientes para verificar se as células-tronco conseguiram restaurar as células do cérebro e se seu estado de saúde melhorou.
   O tratamento experimental recebeu críticas porque usou células cerebrais de fetos para gerar as células-tronco, mas os criadores do projeto alegam ter recebido aprovação ética do órgão regulador da medicina na Grã-Bretanha e dizem que apenas um pequeno número de fetos foi usado nos primeiros estágios da pesquisa e agora eles não seriam mais necessários.
 
 Primeiros passos
    O neurocientista Keith Muir, professor da Universidade de Glasgow e médico do Southern General Hospital, diz que se os testes forem bem sucedidos eles podem levar a pesquisas mais detalhadas. "Esperamos que no futuro isso leve a estudos mais amplos para determinar a eficácia das células-tronco no tratamento das deficiências causadas pelos derrames", disse ele.


    O primeiro grupo de pacientes a receber o tratamento experimental é formado por homens acima de 60 anos que não apresentaram melhora de seus sintomas ao longo de vários anos. Ter um grupo de pacientes com critérios tão limitados permite que médicos e cientistas comparem melhor qualquer avanço em seu estado de saúde, mesmo nos estágios iniciais da pesquisa. Se os testes obtiverem bons resultados, os cientistas pretendem levar adiante estudos envolvendo grupos maiores de pacientes, daqui a dois anos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Descoberta sobre anticorpos pode levar à cura do resfriado

Contrariando teorias anteriores, pesquisadores descobriram que anticorpos podem atacar vírus dentro das células.

    Cientistas britânicos dizem que uma mudança fundamental no entendimento de como o corpo combate infecções virais pode auxiliar o combate a doenças causadas por vírus - entre elas, o resfriado comum. Até hoje, especialistas pensavam que os anticorpos produzidos pelo organismo combatiam infecções virais bloqueando ou atacando os vírus fora das células.
No entanto, pesquisadores do Conselho de Pesquisa Médica (MRC, na sigla em inglês), na Grã-Bretanha, concluíram que os anticorpos podem penetrar nas células e lutar contra os vírus uma vez lá dentro.

Antivirais
    Segundo um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a descoberta pode abrir caminho para a criação de novas drogas antivirais. Os cientistas do Laboratório de Biologia Molecular do MRC, em Cambridge, Inglaterra, enfatizaram que serão necessários anos de trabalho e de testes para que sejam desenvolvidas novas terapias. Eles também dizem que essa possível nova estratégia de combate não teria efeito sobre qualquer tipo de vírus.

    "Os vírus são os grandes matadores da humanidade em todo o mundo, matam duas vezes mais pessoas por ano do que o câncer", disse à BBC o chefe da equipe, Leo James. Ele explicou que quando um paciente sofrendo de uma infecção viral, como um resfriado, vai a um médico, não há muito o que o médico possa fazer. Antibióticos só são efetivos no combate a bactérias - não vírus.
    "(Essa descoberta) nos dá uma estratégia completamente nova para a criação de novos tipos de antivirais contra uma gama de vírus, como o do resfriado comum e o da gastroenterite", disse o chefe da equipe, Leo James. "Claro que ainda é muito cedo, não vamos ter uma cura amanhã", ressaltou. Embora o resfriado comum não tenha cura hoje, seus sintomas costumam desaparecer espontaneamente em até dez dias.

Novo paradigma
    Já há algumas drogas antivirais disponíveis para auxiliar o tratamento de certas doenças. Entre elas estão os medicamentos usados por portadores do vírus HIV. Mas as revelações feitas pela equipe do MRC transformam o pensamento científico anterior a respeito da imunidade do homem contra doenças provocadas por vírus. O estudo mostrou que os anticorpos podem entrar nas células e, uma vez lá dentro, desencadear uma resposta, auxiliada por uma proteína chamada TRIM21. Essa proteína empurra o vírus para dentro de um sistema de excreção usado pela célula para se livrar de materiais indesejados.


    Os pesquisadores verificaram que esse processo acontece rapidamente, normalmente antes de que a maioria dos vírus tenha oportunidade de prejudicar a célula. Eles também descobriram que aumentar a quantidade de proteína TRIM21 nas células torna o processo ainda mais efetivo, o que aponta o caminho para a criação de drogas antivirais melhores. O vice-diretor do Laboratório de Biologia Molecular do MRC, Greg Winter, disse: "Essa pesquisa não representa um avanço apenas na nossa compreensão de como e onde os anticorpos atuam, mas também no entendimento geral da imunidade e das infecções".

Fonte: BBC